É a mais feliz e mais útil.
Só conhecemos a Cristo em toda a Sua
realidade
Como Salvador e Senhor, quando O
contemplamos no LUGAR SANTÍSSIMO.
(Maná Escondido, ,Edições Enéas Tognini, p. 70, 1973)
Capítulo
1
O Pecado de
Não Orar
Pastor Jonathan
E John R. Rice
E longe de mim esteja pecar contra o
Senhor, deixando de orar por vocês. (1 Samuel 12.23)
Não orar é um pecado horrível. Faz parte do desprezo da
alma perdida pela pessoa de Cristo. É o mesmo que as apostasia num filho de
Deus. Não orar é mais uma forma de exprimir a incredulidade. É também a mãe
companheira de todo o vil pecado, tanto como o bar é a mãe da embriaguez, e a
lascívia a do adultério. Não duvido de que não orar e, em si mesmo, pior que o
assassinato, o adultério e a blasfêmia. É mais fundamental, pois revela mais
claramente o coração. De fato, enquanto
o adultério, o assassinato e a blasfêmia podem apanhar desprevenida uma
pessoa obcecada pela mente carnal, não
orar é o próprio coração dessa mente.
***Todos os fracassos que nos sobrevêm são por não orarmos***
A
falta de oração é um estado de inimizade contra Deus.
O
nosso maior pecado é não orar.
Todos
os fracassos que nos sobrevêm são por não orarmos. A falta de almas salvas no
meu ministério é, principalmente, devido à ausência de oração. A escassez de
alegria no meu coração é, às vezes, o fruto de não orar, Indecisão, falta de
sabedoria e de direção são causados por não orar. Quantas vezes tendo errado,
tenho faltado com os meus deveres, e tem me faltado poder e alegria, tudo isso
por causa do pecado de não orar.
Analisando
tudo isso, podemos afirmar mais uma vez que não orar é um pecado horrível!
E
este é também o mal das igrejas; falta da verdadeira oração. O mesmo pecado é o
mal dos ministros do Senhor. O mal da congregação é ainda esse altissonante
pecado de não orar. O nosso Deus tem o remédio para todo o pecado, fracasso e
falte de recursos. Basta orarmos o suficiente e de maneira afetiva.
É
pecado quando oramos e pedimos erradamente para consumir em nossa luxúria
aquilo que Deus nos deu. Também é pecado orar sem fé.
***O
nosso maior problema e, talvez o nosso maior pecado não é que oramos mal,
mas,
sim que não oramos***
E
é uma grande lástima quando a vida
errada no lar, os males não corrigidos, a dureza do coração, a rebeldia, a
falta de amor pela Bíblia, ou algum amor secreto, impedem as nossas orações.
Porém, o maior pecado é não orar. O nosso maior problema e talvez, o nosso
maior pecado, não é que oramos mal, e sim, que não oramos.
Talvez
tenhamos frases rituais com que estimulamos a oração, porém, frequentemente,
são pouco diferentes das Ave Marias e dos Padre-Nossos dos nossos amigos
católicos. Ou das palavras formalistas de uma roda budista de oração. Devemos
pedir a Deus de modo direto, como quando a mulher vai fazer compras, ou como um
motorista pede gasolina ou óleo em um posto, ou mesmo como um menino pede um
pão. A oração definida, direta, vai certamente conseguir uma resposta de Deus.
Mas infelizmente esse tipo de oração não é experimentado nem conhecido por
muitos crentes. O não orar traz como resultado toda a falta de fruto, poder e
gozo na vida do cristão.
Os
discípulos rogaram a Jesus: Senhor,
ensina-nos a orar. Não disseram: Senhor,
ensina-nos como orar.
Simplesmente
disseram: Senhor ensina-nos a orar.
Minha oração é fique o povo de Deus abandone o seu pecado de não orar e comece
já a praticar a oração.
Senhor,
ensina-nos a orar.
Capítulo
2
Provas de que
É Pecado Não Orar
Vamos
analisar algumas questões que provam que não orar é pecado.
Primeira:
Não orar é pecado, porque a
Bíblia diz isso de maneira clara. Samuel disse aos israelitas:
E longe de mim esteja pecar
contra o Senhor, deixando de orar por vocês. (1 Samuel
12.23)
O
Espirito Santo pôs no coração de Samuel que dissesse isso, e esse mesmo
Espírito Santo escreveu para nós, na Bíblia, que deixar de orar é pecado.
Segunda: Muitas outras passagens bíblicas ordenam aos cristãos
que devemos orar sempre, sem cessar.
1 Tessalonicenses
5.17 diz:
Orem continuamente.
Esse
versículo não tem contexto imediato. Não há modificações. Ai está a ordem
rígida e clara de que os cristãos devem orar, literalmente sem cessar.
Então Jesus contou aos seus
discípulos uma parábola para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca
desanimar (Lucas 18.1). Os homens devem orar sempre e não se darem por
vencidos. Afinal, essa é uma ordem de Jesus. E não obedecer é pecado.
Encontramos
nas Escrituras a ordem de que o cristão devem se vestir da armadura completa de
Deus: o cinto da verdade, a couraça da justiça, o calçado do Evangelho da paz,
o escudo da fé, o capacete da salvação e a espada do Espírito, orando no Espirito, em todas as ocasiões,
com toda oração e súplica; tendo isso em mente, estejam atentos e perseverem na
oração por todos os santos (Efésios
6.18).
Existem
diversos mandamento na Bíblia sobre o dever de os cristãos orarem. Jesus
previne várias vezes aos Seus discípulos para que vigiem e orem, para não
caírem em tentação.
Percebemos
que Deus diz várias vezes que o cristão deve orar sem cessar e que os homens
devem orar sempre e não desfalecer. Devemos orar sempre, com todo o nosso
coração. E qualquer violação da ordem clara de Deus é pecado. Então, quando não
oramos, estamos sendo filhos desobediente e rebelde, e pecamos.
Repare
na medida do nosso pecado de não orar. Sabemos que devemos orar sempre, sem
cessar. Portanto, o não orar constantemente é desobedecer e pecar. Se por um
pouco de tempo não orarmos como deveríamos, pecamos. E se esse pecaminoso
descuido pela oração continua, com pequenas interrupções, por horas, dias,
semanas, messes e até anos, como sucede na vida de muitos cristãos, então não
orar é um pecado muito extenso e habitual. É levar uma vida de pecado. Passar muito
tempo se orar está na mesma classe do pecado da embriaguez ou do vício de usar
narcóticos. Por causa da repetição, acaba por se tornar um hábito.
Entretanto
perguntamo-nos como podem alguém orar
sem cessar? Não é isso impossível? Não é impossível. Afinal de contas, se Deus
nos manda fazer, é porque é possível. As regras de Deus são apropriadas, e as
palavras dEle dizem exatamente o que Ele quis dizer. Elas significam o que
dizem. A alma de um cristão podem ser possuída por Deus e desejar Sua presença de
tal maneira que tanto o consciente como sub- consciente continuam a súplica e a
busca do rosto do Senhor, da sua vontade, da Sua obra e do Seu caminho.
Vamos
dar um exemplo. Um menino dorme no seu berço, e quando toda a família se
recolhe, a mãe deita-se para descansar. Durante a noite ouve-se um débil
gemido, e a mãe desperta instantaneamente. É como se ele estivesse escutando,
cuidando do pequeno, ainda que adormecida. Sua alma esta tão fixa no cuidado do
filho que, enquanto a consciência dormia, o subconsciente se encarregava de
escutar e vigiar na escuridão.
Na
região oeste do Texas, onde cresci, boa parte do meu trabalho durante a minha
adolescência foi feita a cavalo. Muitas vezes eu montava por um bom espaço de
tempo.
Às
vezes dez ou doze hora seguidas. Numa ocasião, depois de um dia longo e pesado,
já era noite quando, exausto, voltei a cavalo para casa. Enquanto o animal ia
seguindo o caminho por uma pradaria, adormeci profundamente. Quando o cavalo
chegou à entrada do rancho, despertei. Depois de abrir a porteira, entrar e
fechá-la, voltei a adormecer em cima da sela. Permaneci ali até que o cansado
cavalo parou à porta do curral. Meus músculos fizeram o seu acostumado trabalho
de anos, enquanto, ao mesmo tempo, as minhas pálpebras se fecharam e eu
adormeci. Contudo, uma parte do meu ser estava consciente do cavalo, dos meu
pés nos estribos e do movimento costumeiro, e despertei rapidamente quando o
treinado animal parou.
Se
uma mãe pode estar consciente do seu pequenino enquanto ela dorme, e um cavaleiro
pode estar consciente do seu cavalo e manter-se em equilíbrio enquanto dorme
não poderá um cristão que ame o Senhor com toda a sua alma, e qu deseja
intensamente uma bênção, também estar consciente de Deus enquanto dorme?
Uma
pessoa sob o defeito da hipnose cumpre certas ordens através do controle do seu
subconsciente. Assim, não é correto dizer que não podemos fazer o que Deus
manda sobra a oração só porque nossa consciência está ocupada com outros
assuntos, ou por que estamos dormindo.
***Quão
grande é o nosso Pecado quando não Oramos! Afinal, Deus Nos manda orar sem
Cessar, orar sempre, com Toda a oração e súplicas, Sempre, por todos os
Santos.
Então, cada Momento em que Preferimos ficar sem orar, Estamos pecando***
Passar
sem orar muito tempo é um pecado continuo e habitual. É viver em pecado, porque
é desobedecer ao mandamento claro, e tantas vezes repetido, de nosso Pai
Celestial e do Senhor Jesus Cristo.
Terceira: Não orar é pecado porque abre a porta a todos os
demais pecados. Vemos isso claramente no mandamento de Jesus em Marcos 14:38:
Vigiem e orem
para que não caiam em tentação.
O Espirito está pronto,
mas a carne é fraca,
Devemos
vigiar e orar, ou continuar atentamente em oração, como o único preventivo
contra a tentação. É exatamente isto que está contido no mandamento em Lucas
22.40: Orem para que vocês não caiam em
tentação. Se até os discípulos que acompanharam Jesus no Jardim do
Getsêmani precisavam dessa advertência, quanto mais nós!
De
fato, no Pai Nosso, que é a oração modelo para todos os que, em verdade, podem
chamar a Deus de Pai, se ensina exOpresamente a orar: E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal (Mateus
6.13).
A
oração é o remédio contra a tentação. Ela é o caminho para derrotar o mal.
Nesse
sentido somos ordenados a tomar a armadura de Deus, para que possamos ficar
firmes contra as astutas ciladas do diabo e para que possamos resistir no dia
mal. Tomar a armadura de Deus inclui a oração constante.
Orem no Espírito em todas as
ocasiões,
Com toda oração e súplica; tendo isso em
mente, estejam atentos e perseverem na
oração por todos os santos.
(Efésios 6.18)
A oração vence Santanás. E por intermédio dela podemos
prevalecer contra as astúcias do diabo e resistir no dia mal.
Certa
vez um crente que era escravo do fumo disse-me: “posso passar até meio dia sem
fumar; mas depois disso tenho que fumar um cigarro”. Contou-me que orava todos
os dias sobre isso e, por algumas horas, parecia alcançar vitória. Entretanto,
antes de terminar o dia, caía de novo em tentação e acabava pecando.
Mostrei-lhe que se ele tinha vitória por um pouco tempo, mediante a oração, o
que necessitava fazer, para obter uma vitória contínua, era orar mais. Então
ele prometeu que iria orar a cada meia hora, se fosse necessário. Tiraria tempo
do seu trabalho para orar até alcançar a vitória. E continuaria agindo assim
até que tivesse vitória completa. De fato, foi assim que ele conquistou a
liberdade do que o tinha escravizado por tanto tempo.
Querido
amigo, será que o seu falar não seria
diferente se tivesse orando como Davi.
Que as palavras da minha boca
e a meditação do meu coração
sejam agradáveis a ti, Senhor,
minha Rocha e meu Resgatador!
Coloca, Senhor, uma guarda
À minha boca; vigia a porta
de meus lábios.
Salmo 19.14 e 141.3)
E
se Pedro tivesse passado o tempo todo orando, em vez de dormir no Jardim do
Getsêmani, o resultado não teria sido muito melhor? Ele certamente pecou porque
não orou. Dessa forma pode ser que nós, também, neguemos a Jesus porque não
buscamos fortalecimento no lugar secreto da oração.
Diz um velho provérbio que o diabo treme quando vê ajoelhado o mais
débil santo. E tem de tremer mesmo, se esse santo clama a Deus verdadeira, direta
e sinceramente, que o ajude contra o pecado, que o guarde da tentação e o ajude
a derrotar o mal.
O
querido John Bunyan, autor de o Peregrino escreveu:
A oração fará com que um homem deixe de pecar. Por outro
lado, o pecado seduzira o homem que deixa de orar.
Sem
dúvida, então, todos os nossos pecados são resultado de uma vida sem oração.
Não duvido que a oração sincera, feita de todo coração, seja o remédio para os
nossos pecados, bem como a vitória sobre eles.
Quarta:
Para uma prova final de que não
orar é pecado, só precisamos examinar o registro sobre os cristãos bíblicos.
Como eles oravam! Os que agradaram mais a Deus foram aqueles que oravam
contínua e insistentemente, até obter a vitória. Com certeza pecamos quando não
os imitamos.
O maior exemplo é o próprio Jesus.
A Bíblia diz que Ele subiu ao monte para orar (Mateus 14.23). Apresentavam-Lhe as crianças para que impusesse as
mãos sobre elas e orasse (Mateus 19.13) No Jardim do Getsêmnani disse: Sentem-se enquanto
vou ali orar (Mateus 26.36). Saiu da casa e foi para um lugar deserto, onde
ficou orando (Marcos 1.35). Outra vez: Subiu a um monte para orar (Marcos
6.46). Multidões vinham para ouvi-lo e para serem curadas de suas doenças. Mas jesus
retirava-se para lugares solitários, e orava (Lucas 5.16). Outra vez nos é
dito: Num daqueles dias, Jesus saiu para o monte a fim de orar, e passou a
noite orando a Deus (Lucas 6.12).
Quase
todos se esquecem de que, quando Jesus estava no Monte da Transfiguração, e ali
foi glorificado perante os Seus discípulos, Ele tinha ido ao monte orar.
Enquanto orava, a aparência de
seu rosto se transformou e suas roupas ficaram alvas e resplandecentes. (Lucas
9.29)
Jesus disse a Seu Pai: Eu sei
que sempre me ouves (João 11.42)
Nessa declaração está implícita a ideia de que Ele orava sempre.
Que Deus nos perdoe por não orarmos como Jesus. A nossa falda de
oração mostra que ignoramos o mandamento de Deus, de imitar a Jesus.
O
templo de Jerusalém era literalmente uma casa de oração, e a intenção era eu
fosse para todas aas pessoas. Os cristãos dos tempos bíblicos jejuavam, oravam
e choravam ao orar e com frequência passavam toda a noite em oração. Paulo e Silas oravam à meia noite no cárcere de Filipos.
O
rei Herodes havia mandado matar Tiago, irmão de João. Logo em seguida mandou
prender Pedro. O Apóstolo estava preso, mas os irmãos oravam intensamente a
Deus por ele (Atos 12.5).
O Céu foi movido e aconteceu um grande milagre. Os versos seguintes
registram a estupenda história de como ele foi libertado por um anjo enviado
pelo Senhor. Liberto, e agora caminhando sozinho pelas ruas de Jerusalém,
decidiu dirigir-se à casa de Maria, mãe de João (também chamado Marcos), onde muita gente se havia reunido e estava
orando (verso12).
Com que intensidade e com quanta perseverança aqueles irmãos oravam!
Antes do Pentecoste, os Apóstolos, Maria, os irmãos de Jesus, e
alguns outros perseveravam unânimes em oração e súplica (Atos 1.14), até que o
Espírito Santo veio sobre eles, como havia sido prometido por Jesus. Foram dez
dias de oração perseverante.
Mais
tarde, os apóstolos elegeram alguns diáconos para que atendessem às viúvas
pobres e prometeram: Nós nos dedicaremos à oração e ao ministério da palavra (Atos
6.4). Primeiro a oração, depois a pregação.
Quando
os crentes se reuniram em antioquias Barnabé, Simão, Lúcia, Maném e Saulo
ministraram ao Senhor e jejuaram até que o Espírito Santo lhes disse:
Separem-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado. Em seguida se
diz que eles oraram e jejuaram mais um pouco: Assim, depois de jejuar e orar,
impuseram-lhes as mãos e os enviaram (atos 13.1 1 3). Este é o segredo de todos
os grandes movimentos missionários. Orar, ministrar ao Senhor, jejuar e outra
vez jejuar e orar!
A
verdadeira diferença entre as igrejas do Novo Testamento e as de hoje, e a
diferença entre os pregadores do Novo Testamente e os de Hoje, e entre os
cristãos do Novo Testamente e os de hoje, está na prática da oração e no poder
que por ela advém. Se os cristãos do Novo Testamento tinham a ideia correta de
como servir o Senhor, então nós temos uma ideia errada. Se faziam bem em orar
assim, então nós fazemos mal em não orar tanto quanto eles. Se não seguimos o
exemplo de uma vida de oração dos heróis da Bíblia, então estamos pecando.
O
nosso pecado de não orar se torna ainda mais evidente quando nos comparamos com
missionários como Carey, Judson, Hudson Taylor, Hyde e outros homens que se
empenhavam continuamente em oração.
Quando a nossa falta de uma vida de oração se compara com a vida de
oração de Brainerd, que passou dias em oração e jejum, ajoelhando-se com
frequência sobre a neve dos bosques, implorando a Deus pela salvação dos
índios, quão insinceras parecem as nossas descupas por não ganharmos almas!
Quando lemos sobre as grandes vigílias de Carlos Finney nos bosques, ou em dias
de oração e jejum terminando num batismo de poder renovado, e em avivamentos
maravilhosos, com centenas de almas salvas, como podemos desculpar o nosso
pecado de não orar? Quando aprendemos como George Muller orou e alimentou
milhares de órfãos orou e enviou missionário até os confins da terra, orou e deu
Bíblias, livros e tratados aos milhares, recebendo mais de sete milhões de
dólares de Deus, sem jamais haver pedido um centavo a alguém; quando ele também
outou e argumentou com Deus, e soube o que é esperar diariamente no Senhor, se
comparados com Mulller, que pecadores somos em não orar!
Capitulo 3º
Os Tristes Resultado de Não Orar
Além
do fato de que a nossa falta de oração abre a porta a todo o pecado, gostaria
de chamar a sua atenção para alguns resultados trágicos de não orar.
Primeiro: O povo de Deus não obtém o que devia ter.
Não tem, porque não pedem (Tiago 4.2)
Muitos
não conseguem o suprimento para as suas necessidades diárias porque não oram como nos é mandado
orar:
Dá –nos hoje o nosso pão de
cada dia. (Mateus 6.11)
Não
há dúvida de que muitos estão passando por aflições porque não obedecem ao
mandamento de Deus.
Entre vocês há alguém que está
sofrendo? Que ele ore
(Tiago 5.13)
Muitas
pessoas que estão doentes continuam assim porque não chamaram os presbíteros da
igreja, para que orem por elas, ungindo-as com óleo em nome do Senhor. O que é
ensinado claramente nestes textos é isto:
Entre vocês há alguém que esta
doente? Que ele mande chamar os presbíteros da igreja, para que estes orem
sobre ele e o unjam com óleo, em nome do Senhor. A oração feita com fé curará o
doente; o Senhor o levantará. E se houver cometido pecados, ele será perdoado. (Tiago.14-15)
Se alguém de vocês tem falta
de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe
será concedida. (Tiago 1.5)
Não têm, porque não pedem. (Tiago 4.2)
Não
pedem e não recebem. Não buscam e, consequentemente, não acham. Não batem e,
como resultado, a porta não se lhes abre (Mateus 7.7-8)
Certamente
há outros obstáculos. Contudo, não temos porque não pedirmos.
Um
grande número dos filhos de Deus vivem neste mundo como órfãos, como se Deus
não os amasse. Eles se comportam como se o Senhor não fosse capaz de cuidar dos
Seus. Que quadro mais triste! Israel passou quarenta anos vagando pelo deserto,
antes de poder entrar na terra prometida, que poderiam ter possuído muito
antes, já que eram estes os planos divinos.
Quando
decidi me casar, tive de esperar terminar os estudos e pagar as dívidas da
escola. Acontece que, mais tarde, minha noiva me disse que teria se casado
comigo bem antes, se lhe tivesse feito o pedido! Muito
fracasso, muita pobreza, muita derrota e tristeza vêm aos cristãos simplesmente
porque não oram.
Infelizmente muitos crentes morrem prematuramente só porque não
oram. Encontramos vários exemplos bíblicos disso. Em 2 Cronicas 16.12-13, lemos
o seguinte:
No trigésimo nono ano de seu reinado, Asa foi
atacado por uma doença nos pés. Embora sua doença fosse grave, não buscou ajuda
do Senhor, mas só dos médicos. Então, no quadragésimo primeiro ano do seu
reinado, Asa morreu e descansou com os seus antepassados.
Esse
rei estava muito enfermo. Entretanto, na doença não buscou a Deus e preferiu
recorrer aos médicos. Resultado: morreu. A aplicação clara é que, se tivesse
orado ao Senhor, teria vivido.
Primeira
Crônicas 10.13-14, fala-nos da morte de Saul: Saul morreu dessa forma porque foi infiel ao Senhor; não foi obediente
à palavra do Senhor e chegou a consultar uma médium em busca de orientação, em
vez de consultar o Senhor. Por isso o Senhor o entregou à mortem e deu o reino
a Davi, filho de Jessé.
Conclui-se,
claramente, que Saul morreu pelos seus pecados, e particularmente por pedir
conselho a uma médium espírita, em vez de orar ao Senhor.
Temos
também o exemplo do rei Ezequias, que adoeceu de uma enfermidade mortal. Então Deus lhe enviou Isaías, que lhe
disse: Assim diz o Senhor. Ponha a casa
em ordem, porque você vai morrer; você não se recuperará (Isaias 38,1).
Contudo, Ezequias voltou-se para a parede e orou, e Deus o levantou e lhe deu
mais quinze anos de vida. Podemos ver claramente que Ezequias teria morrido, de
acordo com o plano de Deus. Todavia, quando orou, o Senhor mudou Seu plano.
A bíblia não diz que uma pessoa de oração não vá morrer. Entretanto,
ensina que muitos morrem prematuramente, quando poderiam viver mais,
desfrutando das bênçãos do Senhor, se orassem.
Igualmente
muita gente morre porque nós não oramos. Vejamos um exemplo: Deus planejou
destruir todo o povo de Israel, e fazer de Moisés e de sua família uma nova
nação. Ele, contudo, orou a Deus, que perdoou aquela nação e não fez o mal que
já estava determinado (Êxodo 32.9-14).
Temos ainda outros exemplos. A oração de Abraão salvou a vida de Ló, quando Sodoma foi
destruída. E sabemos que Deus ouviu as orações de Ester e de suas amas,
e de Madoqueu e seus amigos, para salvar a vida dos judeus, que estavam prestes
a ser destruídos pela conspiração de Amã, conforme relata o livro de Ester.
Creio que Deus suspenderia a guerra e nos daria a vitória mais depressa se
orássemos como deveríamos e, assim, milhões de vidas seriam salvas.
Na verdade, porque não oramos, perdemos muitas bênçãos. As pessoas
estão enfermas, quando poderiam estar
sãs. Alguns morrem, quando poderiam viver. Os negócios fracassam, quando
poderiam prosperar. Muitos têm fome e não têm roupa, quando poderiam estar
vestidos e alimentados para a glória de Deus, se somente orássemos.
Segundo: Outro resultado triste da
falta de oração é que a obra de Deus sofre e enfraquece.
Em 2 Crônicas 7.14 deus promete ouvir o Seu povo quando O buscamos
com humildade, oração, súplica e
arrependimento, Nesse Texto é dito:
Se o meu povo, que se chama
pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se afastar dos seus
maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e sararei a sua
terra.
Sabemos
que muitos avivamentos nos tempos bíblicos se efetuaram devido a temporadas de
oração e de espera em Deus. A verdade é que não temos avivamento porque não
oramos com sinceridade e santa entrega. além disso, não temos a sensatez para
obedecer a Deus. Contudo, se orássemos perseverantemente, a própria oração nos
levaria à obediência e aos poder.
Os
orfanatos de Bristol, na Inglaterra, fundados por George Muller, prosperaram
devido às suas orações, E isso era tão claro que ninguém podia duvidar de que a
única razão essencial pela qual Deus abençoava e mandava o necessário para
aqueles orfanatos era porque ele orava com fidelidade e confiança. Muller não
pedia dinheiro a ninguém. Não permitia que ninguém, e a não ser |Deus soubesse
de suas necessidades. Que grande exemplo para provar que quando a obra do
Senhor fica enfraquecida é simplesmente falta de oração! E estou me referindo à
obra que, na realidade, é a obra do Senhor. Não estou dizendo que podemos orar
contra a vontade de Deus, e conseguir que a nossa obra prospere, só porque
dizemos: Em nome de Jesus. Mas a obra
que é do Senhor só não se realiza quando o povo de Deus não ora obedientemente.
Hudson
Taylor e a Missão do Interior da China são provas de que a obra de Deus só não
prospera por causa da falta de oração. Por outro lado, é pela oração que ela
avança. Enquanto muitas missões denominacionais que dependiam de organizações e
promoções, também denoinacionais, estavam carregadas de dívidas e fazendo
constantes reajustes, a Missão do Interior da China, vivendo só pela fé, e
dependendo só de Deus, sem organização
para levantar dinheiro, prosperou e cresceu, levando o Evangelho a milhões e
enviando novos grupos de obreiros, dos quais se cuidava só por meio de oração.
Em
muitos casos, quando tenho sido usado por Deus num precioso avivamento em
qualquer lugar, sei que é por causa de oração, pois ouço santos cristãos me
dizerem: Há dois anos estou orando para
que Deus o traga para esta reuniões . Ou então alguém diz: Esta companha é resposta à minha oração
diária de muitos anos.
Oh, se os crentes orassem ansiosa e afetivamente e com santa
entrega, a obra de Deus não cairia! A queda das Igrejas, e o esfriamento do
fogo do avivamento, são o resultado da nossa falta de oração.
Terceiro: Milhares de almas estão indo para o inferno
porque não estamos orando. Nada mostra mais fortemente a perversidade de não
orar que este fato: se os cristãos não oram como devem, muitos que poderiam ser
ganhos para Cristo vão para o inferno.
É fácil ver que ninguém pode salvar-se a não ser pelo Evangelho. A
Bíblia diz de forma muito clara: Como
pois invocarão aquele em quem não creram e como crerão naquele de quem não
ouviram falar? E como ouvirão, se não houver quem pregue? (Romanos 10.14)
É
certo que se ninguém pregar o Evangelho e se os pecadores não puderem ouvi-lo, então
os que se poderiam salvar não se salvarão. E é igualmente certo que se os
crentes não orarem, seu ministério será ineficaz. Contudo se o crente orar de
forma intensa, o seu ministério será poderosamente movido pelo Espírito de Deus
para salvar almas. Podemos afirmar, com toda certeza, que é completamente
impossível separar o fogo do avivamento da oração. É de todo imprudente supor
que4 alguém terá um ministério frutífero se não for por meio da oração ansiosa,
seja ele feita só pelo ministro ou por suas orações reunidas às dos outros.
Quantas almas estão agora no inferno porque ninguém orou por elas.
Capitulo 4
O Que o Pecado de Não
Orar Revela em Nossa
Natureza Pecaminosa
Se
um homem mata outro, isso pode configurar ódio premeditado, crime deliberado,
ira repentina ou descuido ao manobrar um automóvel. Nesse caso, a morte pode
ser acidental, sem culpa alguma. Quando um homem se embriaga, isso pode
demonstrar que ele está doente, escravizado pelo vício, que é, na realidade,
uma doença. Tal homem pode merecer mais compaixão do que censura. Esse mesmo
homem, sem os efeitos do álcool, pode ser generoso, honesto, amado e muito
respeitado por aqueles que o conhecem.
O adultério
pode revelar um curso longo e deliberado de pecado e depravação ou pode ser só
o resultado de um desejo de paixão
repentina, sob o efeito de uma tentação não comum inesperada, e em
circunstâncias em que a maioria etária sujeita a ceder.
Todos
esses pecados exteriores mostram o pecado no coração. Porém, não revelam tanta
maldade como o iníquo pecado de não orar. Este sim revela algumas coisas
horríveis sobre o estado do coração de modo aquele que não ora constantemente e
não vive em incessante atitude de oração. Vejamos se não é assim:
Primeiro. Não orar
monstra a falta de gozo em Deus.
Devemos
admitir francamente o fato de que, quase todos nós, ao nos alegramos na oração.
Se tivéssemos esse gozo, com certeza oraríamos mais. Comemos porque temos fome.
O corpo reclama comida. Dormimos porque
temos sono. O corpo pede descanso. Visitamos as pessoas porque nos sentimos bem
em sua companhia. Se trabalharmos muito, o corpo precisará de mais comida,
porque temos mais fome e comeremos mais. Se estamos enamorados de alguém, ansiamos pela
sua companhia e queremos estar ao seu lado todas as horas possíveis. Quando
estamos mais cansados e fatigados que de costume, o corpo pede mais descanso e,
se é possível, dormimos mais. E tudo isso ilustra simplesmente o fato de que se
o nosso coração tivesse mais fome de Deus, oraríamos mais. Se realmente nos
alegrássemos na Sua presença, nós O buscaríamos mais. E nos agradasse orar,
mais que qualquer outra coisa, então oraríamos mais. Estaríamos prontos a ler menos, a comer
menos, a dormir ou nos divertir menos, para sobrar mis tempo para a oração. Não
orar demonstra que realmente não temos gozo em Deus.
Sejamos
honestos ao examinar o nosso coração. Não é verdade que, frequentemente, oramos
só por obrigação? Um jovem me disse:
Irmão Rice, antes de ouvir a sua
mensagem, a oração era uma carga para mim. Eu orava porque sentia que devia
fazê-lo, mas era muito difícil e não tinha prazer nisso.
Agora,
porém, graças a Deus a oração é um gozo para mim!
Creio
pelo testemunho de milhares de pessoas, que a oração é difícil e pesada para
cristão comum. Oramos pouco porque não nos agrada orar. Quando oramos,
geralmente o fazemos por dever ou absoluta necessidade. Nossa débil oração,
junto com o fato de que oramos muito pouco, prova que nosso pobre ou iníquo
coração não se sente satisfeito com Deus. Não se alegra nEle. Não se deleita na
Sua presença, Sua companhia. Quão
perverso é o pecado de não orar!
A
queixa de Isaias, citada pelo Senhor, era que este povo me honra com os lábios, mas o seu
coração está longe de mim (Mateus 15.8).
Jesus disse francamente àquelas pessoas: Hipócritas!
E
eu pergunto a mim mesmo: quantos de nós oramos de modo que honre a Cristo?
Afinal, com os nossos lábios nos chegamos a Ele, porém nosso coração está muito
afastado dEle. Se não colocamos o nosso coração nas nossas orações, se não
temos prazer em nos achegarmos a Deus, se não temos gozo na oração, e se esta
não nos atrai, quão pecadores somos nós!
Em
Jeremias 29.12-13 há um doce convite à oração:
Então vocês clamarão a mim,
Virão orar a mim, e eu os
ouvirei.
Vocês me procurarão e me
acharão
Quando me procurarem de todo o
coração.
Deus
não está longe. Ele tem para conosco pensamentos de paz e não de mal, como diz
o versículo anterior.
Porque sou eu que conheço os planos
que tenho para vocês, diz o Senhor,
planos de fazê-lo prosperar
e não de lhes causar danos, planos de
dar-lhes esperança e um futuro.
Deus
está mais disposto a nos ouvir do que nós estamos a orar. Entretanto, é preciso
que O busquemos de todo o nosso coração. Vamos examinar o nosso coração sobre
esse assunto. Será que realmente gozarmos com a presença de Deus? Se tivéssemos mais prazer na oração do que em
outras coisas que fazemos, não é certo que oraríamos mais?
Muitos
filhos/as amam seus pais, mas têm poucas coisas em comum com eles. Preferem a
companhia dos da sua idade e os gostos
destes. Há homens honestos que amam suas esposas, mas, às vezes por motivos
vários, saem à procura de companhia de que gostem mais. Ou, ficando em casa, se
escondem atrás de um livro u de um jornal.
Como
é cruel que alguns de nós sejamos assim para com Deus!
Se
somos salvos, filhos de Deus, nascidos de novo, então é de se supor que nós O
amamos. Temos recebido o Espírito de adoção, pelo qual dizemos: Aba, Pai. Contudo, é triste reconhecer que muitos de
nós não temos realmente gozo na companhia do nosso Pai Celeste, e passamos
pouco tempo com Ele, mesmo que seja para pedir Suas bênçãos e receber as que
Ele nos tem oferecido. A nossa falta de oração prova que realmente não temos
gozo em Deus.
Segundo: Não
Orar é Prova da Nossa Incredulidade
Hebreus
11.6 diz: Sem fé é impossível agradar a Deus; pois quem
dele se aproxima precisa crer que ele existe, e que recompensa aqueles que o
buscam.
Romanos
10.14 – Como
pois, invocarão aquele em quem não creram?
Isto
significa, em primeiro lugar, que os perdidos não chamam a Deus para salvar-se
a não ser que creiam que Deus pode e está disposto a fazê-lo. A oração é a
prova de fé para o perdido.
Mas
não é igualmente certo que a oração é a prova de fé para o cristão? Como
podemos orar se não cremos que a oração produz resultados? Como podemos orar
mais ainda se não cremos que podemos alcançar qualquer coisa de Deus?
Quando
estamos doentes e procuramos o médico anates mesmo de orar é porque realmente
temos mais fé na medicina do que em Deus. Pensamos na ciência antes da oração.
Não estou dizendo que os cristãos não devam usar os medicamentos ou procurar
médicos e hospitais; não é isso. Deus usa frequentemente esses meios para fazer
a Sua bendita obra. Ele usa os crentes em geral e usa particularmente os
ganhadores de almas para salvar os pecadores. Também usa alimentos, remédios e
tratamentos para curar o enfermo.
Entretanto,
se um filho de Deus que realmente crê que a sua saúde depende do Senhor, e que
a cura, seja por médicos e medicamentos, ou sem eles, deve vir de Deus, não é
óbvio que o que crê nisso irá orar antes de fazer qualquer outra coisa? Creio
que não há dúvida de que a nossa falta de oração prova que, realmente, temos
pouca confiança em alcançar a respostas. Não orar é prova de incredulidade, e
esse é um pecado terrível que temos de abandonar, olhando para Jesus, auto e
consumador da fé (Hebreus 12.12).
Conheço
pessoas que dizem:
Sim, creio na oração como qualquer outra
pessoa.
Ou:
Decerto, tenho muita fé em Deus.
Porém,
quando adoecem, preferem depender somente dos médicos. Quando não têm trabalho,
dependem totalmente das agências de empregos. Quando têm necessidades, pedem a
seus parentes que os ajudem, antes de clamar a Deus. Para eles, a fé é um
sentimento. Uma posição doutrinária inconsequente.
Mas a pessoa que tem uma fé real e viva necessariamente buscará a
Deus para o que necessita.
Não
há dúvida de que se tirarmos da soma total das nossas orações todas as que fora
feitas por obrigação, e para sermos vistos pelos homens, o pouco que sobra dará
a medida exata da nossa fé em um Deus que ouve e responde nosso clamor.
Terceiro: Não Orar Prova Nossa Fraqueza
Orar
é um trabalho pesado, pois exige pensar, concentrar e persistir. Temos de
vencer todos os obstáculos para que a verdadeira oração aconteça. É preciso
esforço para não ceder ao desânimo ne à tentação de desistir.
Satanás tentará nos impedir de orar, fazendo-nos muito ocupados com
outros assuntos., Ele também procurará
enfraquecer a nossa oração com desalento e incredulidade. Fará tudo para
distrair a nossa mente.
Por tudo isto, orar é realmente um trabalho árduo.
A Bíblia diz que Jesus, no Jardim do Getsêmani, em agonia, orava
mais intensamente. O Seu suor tornou-se em gotas de sangue, que corriam até o
chão (Lucas 22.44). Muitos santos de Deus têm se encontrado cobertos com o suor
do trabalho concentrado e rogativo da oração. Brainerd, ajoelhado na neve e
intercedendo pelos índios que amava, orava até não sentir o frio. Charles G.
Finney, ajoelhado numa pele de búfalo, num prado depois de uma reunião noturna,
orava longamente de madrugada, vencendo o frio gelado de Nova Iorque.
Certa
ocasião, terminei um jogo de futebol colegial com o nariz ferido. No entusiasmo
e na dinâmica do jogo, não senti as dores, apesar de o sangue escorrer pela
minha roupa. É assim que reagimos quando estamos profundamente envolvidos no
que estamos fazendo.
Em
outra ocasião por causa de uma grande dor e preocupação, fiquei alguns dias
quase sem vontade de comer. De modo semelhante, muitos têm aprendido a agonizar
em oração e a trabalhar, como Jacó que lutou com o anjo em Peniel. E Jacó
ficou sozinho. Então veio um homem que se pôs a lutar com ele até o amanhecer.
Quando o homem viu que não poderia dominá-lo, tocou na articulação da coxa de
Jacó, de forma que lhe deslocou a coxa enquanto lutavam. Então o homem
disse: Deixe-me ir, pois o dia já
desponta. Mas Jacó lhe respondeu: Não
te deixarei ir, a não ser que me abençoes. Então disse o homem: Seu nome não será mais Jacó, mas si m
Israel, porque você lutou com Deus e com homens e venceu (Genesis 32.24-28)
Jacó
lutou com o mensageiro de Deus em oração. Foi a batalha de uma noite toda, pelejando com o enviado do céu que deu a Jacó
a vitória sobre si mesmo – sobre seu caráter não aperfeiçoado; e também vitória
no relacionamento com o seu irmão Esaú.
Raquel,
sua esposa, que era estéril, também orou sem cessar para que não fosse vencida
por sua irmã. Ela disse em sua oração: Tive
grande luta com minha irmã e venci (Genesis 30.8). E Paulo relata de
Epafras, o grande homem de oração que mandou saudações aos colossenses: Ele está sempre batalhando por vocês em
oração (Colossenses 4.12). Que verdadeiro trabalho é orar! E o fato de não
orarmos mostra que somos cristãos preguiçosos, indiferentes, com pouco amor
pela obra de Deus. Somos cristãos gordos, bem alimentados, indolentes e
indiferentes.
Não
orar é prova de preguiça.
Quarto: Não Orar Prova Que Deus Não
é Prioridade para Nós; Ele Não Está em Primeiro Lugar em Nosso Amor e
Interesse; Outras Coisas são Prioridades para Nós.
Não
orar é quase uma prova de idolatria. Lemos o jornal em lugar de orar, porque
estamos mais interessados nas coisas que ele informa do que nas coisas que falaríamos
com Deus. Gastamos mais tempo falando com outros do que com o Senhor, porque
realmente pensamos mais nos outros do que em Deus. Nós, obreiros cristãos,
gastamos mais tempo como os nossos sermões, com as nossas bibliotecas, com as
visitas e com as organizações da igreja do que com Deus. Precisamos nos lembrar
do que os apóstolos disseram:
E nos dedicaremos à oração
E ao ministério da Palavra. (atos 6.4)
Primeiro
orar; depois pregar. Nós, os pregadores, estamos mais interessados em nossos
sermões do que na salvação das almas. Estamos mais preocupados com o que
dizemos aos homens do que com o que dizemos a Deus, Como pregadores podemos
estar mais interessados em agradar aos ouvintes do que a salvar almas pelo
poder de Deus, o que só se consegue por intermédio da oração.
Alguns
cristãos gastam horas do seu dia em passatempos que são inocente, lícitos e,
por vezes, úteis. Gostaria de sugerir que você contasse o tempo que gasta com
seus entretenimentos e comparasse com o que gasta em oração. Será que você se
interessa mais pelo seu passatempo do que por Deus, pela Sua Palavra, pelas
Suas bênçãos e por Seu poder? É bom ler, e a Bíblia recomenda boa leitura;
porém, compare o tempo que você gasta lendo com o tempo que gasta em oração.
Qual é a sua preferência? Será que a nossa falta de oração não prova que
estamos dando a ela menos importância do que a quase tudo o mais? Será que isso
não quer dizer que o nosso amor, o nosso interesse e os nossos desejos estão
focalizados em outras coisas? Digo que não orar é quase uma prova de idolatria.
O pouco que oramos prova o quão pouco interessados estamos na vontade de Deus
para conosco. Quão pequeno é o nosso desejo de levar almas a Cristo e em
alargar a obra, que verdadeiramente é dEle.
Alguns
dirão que têm tanto a fazer, bom trabalho, honroso e necessário, que não podem
orar tanto como estou sugerindo aqui.
Entretanto,
digo que nós devemos ser capazes de orar em todo o tempo. Orar sem cessar e orar sempre e nunca
desfalecer são mandamento bíblicos. E isso significa que precisamos
orar, mesmo enquanto estamos ocupados
com outras coisas. Devemos também ter tempo, todos os dias para deixarmos de
lado todo o trabalho para nos entregar por completo à oração. E não diga que e
impossível, porque os maiores homens de Deus, os mais ocupados, sempre
encontraram tempo para se entregarem à oração.
Se
você estudar as epístolas de Paulo, verificará a quantas pessoas escreveu,
dizendo-lhes que orava por elas todos os dias, e verá que Paulo entregava-se
totalmente à oração.
O
própria Jesus passava muito tempo em oração. Ele tinha o costume de se retirar
para o monte para orar. Os evangelhos registram que Ele orava a noite inteira.
É bem provável que tenha orado durante horas no Jardim do Getsêmani.
Martinho Lutero dizia que não conseguiria dar conta de tanto
trabalho que tinha de fazer para Deus, a não ser que orasse três horas por dia.
Como ele trabalhava em oração! Para Lutero, orar era lutar, pelejar, agonizar.
Certa feita, enquanto orava, Satanás apareceu para ele de maneira tão real,
como tentador injurioso e mau, que Martinho Lutero atirou o tinteiro nele. Até
hoje a mancha está na parede, para mostrar aos visitantes da casa de Lutero
quão importante era para ele a oração.
Os
pregadores, especialmente os evangelistas, deitam-se tarde. É difícil para eles
descansar e dormir imediatamente depois de um dia cheio de trabalho árduo. Os
pregadores conseguem descansar melhor depois da meia noite. Sabemos,
entretanto, que D. L. Moody levantava-se regularmente à quatro horas para poder
ter, pelo menos, uma hora completa com Deus, em oração e leitura da Bíblia,
antes que qualquer outra pessoa da casa despertasse. Hudson Taylor tinha o
hábito de despertar à meia-noite para passar uma ou duas horas ininterruptas
com Deus. C>T. Studdd, na África, levanta-se para orar às três da manhã. É
um fato surpreendente que os homens que mais trabalharam para Deus foram
aqueles que mais tempo passaram em oração. Nossas desculpas aos inaceitáveis.
Não oramos porque não cremos que a oração seja tão importante como as outras
coisas que fazemos. Pensamos que comer, dormir, visitar e pregar é mais
importante do que orar. A nossa falte de oração prova que outras coisas estão
em primeiro lugar em nossa estima e amor.
Capitulo
5
Como Vencer
o Pecado de não Orar
Estou
ciente do fato de que sei muito pouco sobre a oração. Entretanto, humildemente
farei as seguintes sugestões sobre como vencer o pecado de não orar.
Primeiro. Procure dedicar um pouco de tempo, ainda bem cedo,
todos os dias, para orar e meditar na Palavra de Deus. Quanto mais cedo,
melhor. Um bom horário pela manhã seria antes de comer. Um grande missionário
tinha este lema:
Sem Bíblia, sem café da manhã.
Se
não tinha tempo para se dedicar à leitura das Escrituras e orar, tão pouco o
teria para comer. Tenho certeza de que se adotarmos essa lema ele causará uma
impressão muito forte na nossa carnalidade.
Precisamos
confessar que temos o hábito de colocar o nosso estômago antes de Deus. Vamos
colocar a oração em primeiro lugar, tendo um período só para isso, antes de
qualquer outra coisa do dia. É bem provável que termos de nos levantar mais
cedo para fazê-lo. Teremos de deixar de lado, ou para depois, outras coisas de
menor importância . Que o Senhor nos ajude a buscá-lO nas madrugadas, seguindo o
bom exemplo de muitos que conseguiram e têm conseguido forças para sair da
cama, ainda que cansados e sonolentos. E a verdade é que todos estes tem
conquistado muito na presença do Senhor, enquanto os demais continuam dormindo.
Segundo.
Crie o hábito de orar até
alcançar paz com relação ao problema ou a dificuldade que esteja passando.
Frequentemente não obtemos resposta a uma oração em um mesmo dia. Podemos,
porém, a cada dia alcançar a doce paz ao saber que Deus ouviu, e que deixamos o
problema nas mãos do nosso Pai Celestial. Sentimos que Ele Se alegrou, sorriu e
nos deu a Sua paz. Pode acontecer de orarmos durante certo tempo pela salvação
de alguém e não vermos nenhuma resposta. Entretanto, podemos orar até ter a
doce certeza de que Deus ouviu e fará o que desejamos. E também podemos buscar
a Deus ate que o Espírito Santo nos oriente em como devemos orar para estar de
acordo com o plano do Senhor.
Esse tipo de oração significa que não devemos continuar afligidos
por causa de ansiedades e cuidados. Precisamos deixar diariamente todo o
cuidado e ansiedade com o Senhor Jesus.
Terceiro.
É preciso separar tempo para orar
sobre os problemas que nos sobrevêm. Há muitos anos, quando eu ainda
pastoreava, vi que era impossível recordar todos os pedidos de oração que as
pessoas me faziam durante o dia. Não conseguia me lembrar desses pedidos à noite, ou mesmo
quando ia me deitar, ou na manhã seguinte.
Assim,
criei o hábito de orar pelos pedidos que me impressionavam e que julgava
necessário orar no exato momento que o pedido era feito. Também decidi que
nunca mais prometeria orar por nenhum caso, a não ser que tivesse a completa
certeza de que Deus poria essa carga sobre o meu coração e mente. Encontro uma
grande paz quando ouro a Deus no momento em que estou mais impressionado ou
emocionado com algum fato. Um dos mais doces e melhores resultados disso é a
constante companhia e comunhão com Deus.
Quarto.
Deixe de formalidades e
permita que a oração seja uma conversa simples com Deus. Cada crente deveria
dizer, muitas vezes por dia: Senhor
pequei nisso; perdoa-me ou: Senhor, ajuda-me a saber o que dizer a esta pessoa!
Ou ainda: Senhor, ajuda-me na solução dessa dificuldade. Faça da oração um
detalhe importante da sua vida, junto com todos os demais.
Hallesby,
no seu grande livro sobre a oração, diz que devemos orar por todas as pessoas
que encontramos. E isso fica mais natural quando o fazemos na forma de
conversa. Lance fora todos as formalidade e se acostume a falar com Deus de
maneira tão simples como uma criança fala com a sua mãe ou uma esposa com o seu
marido. Algumas pessoas oram com tanta cerimônia e formalidade, que mais parece
que acabaram de ser apresentadas a um rei ou a uma rainha da corte. Quando for
orar, deixe as introduções formais, as cortesias e demais formalidades. Fale
com simplicidade, honestidade, a Deus. Não ore pensando nos que estão ouvindo a
oração. Ore pensando em Deus.
Quinto. Procure seguir os exemplos da Bíblia e seus ensinos
sobre a oração. Jacó orou toda aquela noite no ribeiro do Jaboque. Jesus
também. O evangelista Lucas faz este registro.
Jesus saiu para o monte
A fim de orar,
E passou a noite orando a
Deus. (6.12)
Com
toda certeza, não foi a primeira nem a última vez que Ele fez isto. Que exemplo
magnífico! Que o meu coração e o seu coração se quebrantem para tomarmos a
decisão de seguir o exemplo do nosso Mestre e Senhor.
Nunca
me esquecerei das grandes bênçãos que recebemos em algumas das nossas noites de
oração na Igreja Batista de Galileia, em Dallas, e quando orei até as duas da
manhã na cidade de Saint Paul,
Minnesota. Tive também grande alegria de orar a metade da noite com um grande
grupo na Igreja do Povo, em Toronto, Canadá, dirigida pelo Dr. Oswald J. Smith.
Acho vergonhoso que as grandes experiências bíblicas de oração não sejam
repetidas na vida dos cristãos de hoje.
Com
a graça de Deus, tomemos a decisão de fazer como os nossos antepassados
fizeram.
A
rainha Ester e suas damas jejuaram e oraram durante três dias e três noites. Os
habitantes de Nínive oraram, sem comer ou beber, durante vários dias, até que
Deus ouviu, libertou a cidade e os salvou. Os apóstolos jejuaram e oraram dez
dias antes do Pentecoste. É isto que podemos ver no texto de Atos 1.12-14:
Então voltaram para Jerusalém.
Quando entraram, subiram para
o
Cenáculo onde se reuniram.
Todos estes perseveraram unânimes em oração.
Desse
dia que entraram em Jerusalém (dia da ascensão de Jesus), até o dia de
Pentecoste, foram dez dias de oração E, então, ao cumprir-se o dia de Pentecoste, estavam
todos reunidos no mesmo lugar; de repente veio do céu...todos ficaram cheio do
Espírito Santo... (Atos 2.1-4). Senhor, ajuda-nos a busca-LO com essa
intensidade!
A
Bíblia contém muitas informações a respeito dos santos que jejuavam quando
estavam em oração, Esdras e seus companheiros, Davi, Paulo e Barnabé, enfim,
muitos. E você alguma vez já ficou um dia sem alimento, enquanto buscava o
plano do céu, e enquanto a sua mente estava absorta em Deus, buscando o Seu
poder? Se os fariseus jejuavam como um ritual e trabalho, não podem os servos
de Deus desta geração jejuar e orar para
sentir o peso das almas perdidas? Assim, estaremos cheios do poder de
Deus!
Daniel
ficou durante três semanas sem comer nada saboroso. Carne e vinho, nem provei, disse ele (Daniel 10.2-3) Não deveríamos
nós, algumas vezes, ter tempo de contrição, de confessar os nossos pecados e
esperar em Deus? Não deveríamos também durante semanas comer moderadamente e
fazer somente o trabalho necessário, até que certos problemas fossem
resolvidos? Até que algumas vitórias fossem ganhas e promessas obtidas?
Recordo-me
particularmente de uma das mais abençoadas campanhas de avivamento que
realizei, em que muitas almas foram salvas. Durante vários dias quase não senti
fome nem sono. Nesse período emagreci. Senti uma grande necessidade de oração.
A vitória foi alcançada e vimos o fogo do avivamento culminando com a salvação
de muitos.
Não
será uma bênção seguir, alguma vez, a permissão dada em 1 Corintios 7.5, e por
consentimento mútuo e amoroso, separarem-se o esposo e a esposa por alguns dias
para se aplicarem à oração?
Conheci
lares nos quais, por alguns dias, as camas eram arrumadas rapidamente,
preparavam somente alimentos simples, e havia poucas diversões normais, para
que a esposa se dedicasse ardentemente à oração.
Algumas
vezes encontramos os personagens da Bíblia ajoelhados para orar. Pedro, chamado
para orar à beira do leito de morte de Dorcas, ficou só e ajoelhou-se para orar
(Atos 9.40) Josué deixou de pelejar somente o tempo suficiente para ordenar ao
sol que se detivesse. E esta foi uma oração atrevida e de grande fé. Salomão,
de pé no templo, com seus braços estendidos, orou dedicando o templo (2
Crônicas 6.2). Jesus algumas vezes orou de pé. Porém, no Jardim do Getsêmani,
caiu sobre o Seu rosto (Mateus 26.39). Analisando tudo isso aprendemos a lição
de que não existe uma posição certa para orar. Não há regra fixa. Não devemos
nos preocupar em orar em pé ou sentado, ou ajoelhado.
**Façamos
da oração grande meta da nossa vida**
O
que Importa é orar.
Em tempo de emergência e angústia devemos estar prostrados diante de
Deus. Como Davi, precisamos despertar durante a noite, pela manhã, e ao
meio-dia para orar. Ele diz:
Eu, porém, clamo a Deus,
E o Senhor me salvará,
À tarde, pela manhã e ao
meio-dia
Choro angustiado, e ele ouve a
minha voz.
(Salmos 55.16-17)
\
Procuremos
penetra todas as riquezas da oração encontradas na Bíblia. Dediquemos tanto
tempo à oração como os personagens bíblicos. Choremos tanto como eles choraram.
Jejuemos tanto como ele jejuaram. Façamos da oração a grande meta da nossa
vida. O maior gozo. A atividade sempre inacabada.
Você
está disposto, neste exato momento, a confessar a Deus o seu pecado de não
orar?
Capitulo
6
A Vida de Oração
Dentro do
Santo dos Santos
Ali virei a ti e falarei contigo de cima
do
propiciatório, do meio dos querubins.
(Exodo 25.22)
O
Sumo Sacerdote entrava no Santo dos Santos uma vez por ano. Entrava depois de
ter lavado os pés na Pia de Bronze, de ter sacrificado um novilho e derramado o
sangue na base do Altar de Bronze, ou Altar do Holocausto. Vestido com as
roupas sacerdotais, levando uma vasilha com um pouco do sangue do novilho da
expiação e levando o incensário com incenso aromático, sobre brasas vivas, ele
penetrava no recinto santíssimo para se encontrar com o Eterno.
Envolto
pela fumaça do incenso que ardia sobre as brasas vivas colocadas no incensário,
o Sumo Sacerdote aproximava-se da Arca do Conserto e aspergia o Sangre sobre a
tampa da Arca, chamada de propiciatório. A promessa do Senhor era que “ali
virei a ti e falarei contigo”.
Esse
lugar de santidade tornava-se o Céu na Terra. O mais elevado Céu tocando todo
aquele ambiente preparado para manifestação de Deus. Ali o Sumo Sacerdote
estava envolvido com o próprio Trono do altíssimo. Era a glória de Deus
manifestado se na Terra. Homem e Deus face a face. A voz do Soberano
Todo-Poderoso Deus sendo ouvida por um ser humano, naquele lugar transformado
em Céu. Que glória! Que grandeza
celestial! Que inundação de santidade divina! Como que expectativa o Sumo
Sacerdote entrava naquele lugar! E então, tendo vivenciado o gozo do Céu, o que
mais aquele homem desejava era continuar naquele Céu. Talvez nem voltar ao
mundo dos homens.
Somente
ao separados, purificados consagrados era dado o direito de entrar naquele
recinto sagrado, onde a oração expressava-se em seu nível mais alto. Ali
nenhuma barreira havia entre o homem e Deus. A presença total do Céu bem ao
alcance da mão. Nesse recinto inundado pela glória do Céu podia=se ouvir a voz
do Rei Eterno audivelmente. O homem consagrado sacerdote e, mais ainda,
consagrado Sumo Sacerdote, nem ousava falar, mas somente contemplar, ouvir,
gozar a presença deslumbrante do sobrenatural.
Tudo
isso no Tabernáculo. Na Primeira Aliança, ainda imperfeita. Era tudo sombra e
tipo do que viria depois, com a Nova Aliança, feita com o sangue do Cordeiro de
Deus que tira o pecado do mundo.
E
então, na plenitude do tempo, chegou o momento de o Messias Se manifestar. O
Ungido de Deus. O Prometido desde Gênesis 3.15: “Este te ferira a cabeça”,
disse o Criador à serpente, que representava Satanás. Sim, a semente da mulher,
o Messias Cristo, o Ungido, que deveria nascer da mulher para redimir o ser
humano e levá-lo de volta a Deus, de tal maneira que os homens pudessem outra
vez conviver livremente com o seu Deus, seu Criador, seu Salvador, Ele veio.
Nasceu de uma mulher chamada Maria, cresceu, tornou-se homem, foi batizado por
João Batista e ungido poderosamente com o Espirito Santo. Nos últimos três anos
de Sua vida, que foram também os anos de Seu ministério na Terra, Ele penetrava
diariamente Santo dos Santos, onde ouvia de Seu Pai tudo o que precisava saber
para fazer a vontade de Deus na Terra e também as obras maravilhosas que
realizou e para ensinar com toda a sabedoria e autoridade tudo o que precisava
ensinar aos homens.
Assim,
parte do Seu tempo naqueles anos era gasto com o Deus Eterno, em oração.
Os
evangelhos relatam quanto tempo Ele gastava na oração.
Tendo despedido a multidão,
subiu a um monte para orar. Ao anoitecer, ele estava ali sozinho (Mateus 14-23)
De madrugada, quando ainda
estava escuro, Jesus levantou-se, saiu da casa e foi para um lugar deserto,
onde ficou orando (Marcos
1.35)
Tendo-a despedido, subiu a um
monte para orar. (Marcos
6.46)
Mas Jesus retirava-se para
lugares solitários, e orava (Lucas 5.16)
Num daqueles dias, Jesus saiu
para o monte a fim de orar, e passou a noite orando a Deus (Lucas 6.12)
Jesus estava orando em
particular, e com ele estavam os seus discípulos (Lucas 9.18)
Jesus tomou consigo a Pedro,
João e Tiago e subiu a um monte para orar. Enquanto orava, a aparência de seu
rosto se transformou, e suas roupas ficaram alvas e resplandecentes como o
brilho de um relâmpago (Lucas
9.28-29)
Certo dia Jesus estava orando
em determinado lugar. Tendo terminado, um dos seus discípulos lhe disse:
“Senhor, ensina-me a orar” (Lucas
11.01)
Meu coração estremece com a declaração de Lucas 3.21-22: Quando todo o povo estava sendo batizado,
também Jesus o foi. E, enquanto ele
estava orando, o céu se abriu e o
Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como pomba. Então veio do
céu uma voz: “Tu é o meu filh amado; em ti me agrado”.
Sou profundamente tocado com essa expressão do verso 21: Enquanto ele esta orando, o céu se abriu. Sinto
o desejo de repetir mil vezes – Enquanto
ele estava orando, o céu se abriu. Enquanto Jesus estava orando, o céu se abriu. Enquanto ele
estava orando, o céu se abriu. Enquanto meu precioso irmão mais velho estava orando, o céu se abriu.
Tantas
horas gastas por Ele em oração, de dia e de noite, constituem desafio veemente
para mim. Motivação para orar mais. Expressam o que Deus espera de mim: que e
não me deixe envolver por tantas atividades, para poder gastar tempo no Santo
dos Santos, onde é possível viver o Céu na Terra. Onde se pode ouvir a voz do
Pai. Onde se receba a sabedoria do Alto, e a energia divina, e a unção do
Espírito de Deus, para que o obreiro de Deus faça a Sua obra não com a força do
braço de carne, mas na plena força de Deus no Homem. No homem que ora!
E
o meu Jesus, depois de três anos de ministério, foi pregado na cruz, lá no
Calvário, para que por Sua morte e ressurreição fôssemos feitos filhos do Deus
Eterno. No Calvário, depois de ter
bradado novamente e alta voz Jesus entregou o espírito. Naquele momento o véu do santuário (o véu
que separava o Lugar Santo do Lugar santíssimo – O Santos dos Santos) rasgou-se em duas partes, de alto a baixo (Mateus
27.51)
Esta
ação do Todo-Poderoso, agindo para rasgar aquele véu, fez com que houvesse mudanças
profundas no relacionamento do crente com o Céu. O que estava estabelecido no
Primeiro Testamento (chamado impropriamente de “Velho” Testamento) é que
somente um Sumo Sacerdote poderia ultrapassar aquele véu, uma vez por anos,
para entrar na presença do Deus Santo, Eterno, Infinito. Mas com o fato de o
véu do templo ter sido rasgado, Deus comunica ao Seu povo que a partir da
redenção na cruz do Calvário, o Lugar Santíssimo, o Santo dos Santos, tornou-se
completamente acessível a todos os salvos que desejem e se esforcem para chegar
a esse lugar de presença maravilhosa do Céu.
Sim,
por nós Temos plena confiança para entrar
no Santo dos Santos, por um novo e vivo caminho que Ele nos abriu (Hebreus
10.19)
Todos
nós, crentes nEle, nascidos de novo somos desafiados a gozar na presença do
Deus Santo no lugar Santíssimo da sua manifestação da Terra.
E qual é o caminho para alcançarmos essa tão grande bem-aventurança?
O caminho e a porta de entrada é a oração. A oração prolongada. A oração que
gasta tempo com Deus. A oração de adoração, de louvor de comunhão, quando o
crente fica na presença do Eterno, sem
pressa, sem correria, e abre sua boca adorando e exaltando seu Deus e
Pai. E continua em Sua presença
declarando e proclamando os texto da Bíblia que vem memorizando há anos. E
prossegue, louvando-O por Suas obras poderosas e por tudo o que Ele fez por
nós, ou nos deu , ou nos dirigiu, ou nos abençoou de tantas maneiras. Dentro
desse Céu, no Santos dos Santos, na
presença do Eterno , o crente nem mesmo se lembra de pedir –Lhe coisa alguma,
pois o que mais deseja é que Ele receba todo louvor , toda glória, toda
adoração toda exaltação.
Bendito caminho da oração! Essa providência maravilhosa colocada à
disposição do crente, para que ele entre no Santo dos Santos e gaste muito que tudo pode.
É por isso que pecamos quando não oramos. Com toda certeza, a falta de oração é um pecado
terrível. Quando não oramos é um pecado terrível. Quando não oramos, pecamos
contra nós mesmos, pois a nossa alma definha por ficar tanto templo desligada
na fonte da vida eterna. Pecamos contra Deus quando não
oramos porque mostramos desprezo plena presença do Senhor. A nossa falte de
oração significa que não amamos o Santos dos Santos, o lugar de presença
glor1uisa de Deus,
Não orar, ou orar apressadamente, é menosprezar a ação divina, pela
qual o Senhor tomou todas a providencias para ter o crente próximo dEle aqui na
terra. Não orar é absoluta falta de
Amor
e apego a Deus. revela um coração frio e uma mente mundana. Pecamos também quando não oramos
porque é no lugar da oração que intercedemos pela nossa família, pelos nossos
parentes, pelos nossos amigos e vizinhos. É no Santo dos santos que pedimos a
interação do Céu a favor dos necessitados. Portanto, quando não oramos, os que
têm falta da graça de Deus ficam ainda mais empobrecidos.
É
enfadonho demais ouvir um sermão nascido da carne. Um sermão que só tem mente
humana. Um sermão banhado por puro sentimentalismo humano. Mas como é doce, e
agradável, e bom, e produtivo, ouvir um pregador que recebeu sua mensagem no
Santo dos Santos. O auditório percebe que o que está ouvindo veio do Céu. Esse
pregador gastou tempo no Santo dos Santos.
Ah,
se os pregadores orassem mais!
Se
os pregadores ficassem mais tempo no Lugar Santíssimo! Suas congregações
começariam a orar também. As pessoas seriam tocadas com a Palavra de Deus. Seria
o início de um avivamento. Aquele Avivamento tão aguardado aquele mover do Céu
que estamos esperando tão ansiosamente.
Apêndice
Deus Ouve e
Responde as Orações
A
oração é um dos mais precisos e sagrados privilégios do home.
Narramos,
a seguir, uma experiência vivida por Charles G. Finney, um poderoso Elias da
oração.
No
ano de 1853 o verão foi excessivamente quente e seco. As pastagens achavam-se
ressequidas. Parecia que os agricultores iriam perder toda a colheita. Certo
dia, como de costume, a grande congregação da Igreja de Oberlin reuniu-se no
templo.
Embora
o céu estivesse claro, Finney sentiu o peso de orar a Deus pedindo chuva. E disse:
Senhor, não temos a presunção de dizer-Te o que é
melhor para nós. Entretanto, Tu nos conclamas a Te buscar, como uma criança
busca seu pai terreno, para Te apresentar nossos pedidos. Queremos chuva,
Senhor! Os pastos se encontram secos. A terra está rachando, precisando de
água. O gado vaga de um lado para outro e se abaixa procurando o que beber. Até
os esquilos estão passando sede. Se não nos deres água, nosso gado irá morrer,
e não teremos colheita. Senhor! Isso é muito fácil para Ti, Pai! Manda-a agora,
Senhor! Em nome de Cristo!
Alguns
minutos depois ninguém mais conseguiu escutar a sua voz , por causa do ribombar
dos trovões e do barulho da chuva no telhado.*
In:
COWMAN, Littie. Mananciais do deserto. Belo Horizonte: Betânia,
ano???,p.264.vol.2.
Que coisa maravilhosa! Que Deus os abençoe mais e mais, e que estudos desse tipo continuem a ser publicados. Muito edificante e esclarecedor.
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